Quando chegou na metade do caminho, seu coração acelerou. O estômago gelou. Olhos abertos, como que surpreso por eles estarem lá. Havia se acostumado com a ausência deles, mesmo acordando toda semana e indo ao parque na esperança de encontrá-los. E preparara-se também com o amor no coração. O amor do qual seu amigo falara. Depois de alguns segundos (minutos?) parado, olhando assustado, ele foi.
Ao chegar, olharam-no com desconfiança. Claro. Ele mesmo chegava com desconfiança. Mas depois de algum tempo, foram percebendo que ele queria se aproximar, conhecê-los. Eles estavam prontos para isso, novas pessoas chegando. Preparados para o ingresso de iniciantes. Iniciá-los.
Mas ele adotou automaticamente uma postura de desprezo, orgulho, ironia, abuso e impaciência.
Afastou-se automaticamente, quando tudo que queria era se aproximar deles.
"Meu Amigo, não sou o que pareço. O que pareço é apenas uma vestimenta cuidadosamente tecida, que me protege de tuas perguntas e te protege da minha negligência"
~ Gibran
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ResponderExcluirQue texto gostoso de ler e o trecho citado ao final é muito bom!
ResponderExcluirA-D-O-R-E-I-!