domingo, junho 17, 2007

A Verdadeira História II

Capítulo II
Ler Capítulo I

||||| |Sábado pela manhã eu trabalho. Mas passei pela enfermaria, na sexta, e apesar de não detectarem nenhum distúrbio, me liberaram: eu nunca tirei licença médica, nem nada do gênero. Pois aproveitei, e assim que larguei do trabalho, fui beber. Não beber, beber, cachaça ou coisa assim, só tomar umas cervejinhas. Isso é beber?

||||| Mas como tudo na minha vida, o bar era bem decadente. Assim, não era down mesmo não, era mediano - medíocre -, mas tava tendendo a descer. Pudera: o bairro todo estava assim. Eu explico:

Há muito tempo aquele bairro era bem conhecido por ter vários bares, casas noturnas, e foi bem frequentado pela juventude. Tá. De repente começou a dar bronca. Ninguém mais ia, e quem ia, era assaltado, ou brigava, coisa do gênero. Houve uma descentralização, e agora as pessoas bebem mais perto de casa, mesmo. Eu também. Problema que eu moro aqui perto.

||||| Chegando no barzinho, encontrei logo um pessoal com quem bebia sempre. Mas com a desculpa de que estava esperando alguém, sentei sozinh*. Tanto faria. Sentaria com eles e ficaria, como sempre, esquecid*. Na mesma mesa. E aí el* chegou. Lind*, chamando minha atenção. Eu nunca vira aquele tipo de pessoa! Era muito perfeit*. Não sabia nem que existia.

||||| Chegou e sentou junto dos meus conhecidos. Eu queria ficar sozinh*, mas putamerda. "É um tempero desse que eu quero", pensei, e logo comecei a encarar. Não, encarar não, só olhar, com cara de pedinte. Não levou muito tempo, e el* percebeu. Talvez fosse o que eu quisesse. Mas porra, eu queria era ficar sozinho!

|||||| De repente el* levantou, e veio em minha direção. Nem fiquei nervos*, engraçado. Acho que tava mais concentrado nos passos, suaves e... meu deus, era meiguíssim*. Meio que sorrindo, assim. E eu lá, tomando cerveja e olhando como quem não olha: não olhando. Foi quando aconteceu. De novo. Os clarões, e os raios, dessa vez ainda piores. Mais claros, mais agudos, mais lentos e mais duradouros. Putamerdadois! As cores ficaram mais nítidas ainda. Os fractais ainda mais variados! Curvas demais, e el* no meio. Meu deus, o rosto! O rosto del* tornava a situação ainda mais atraente. Tornava-* ainda mais perfeit*. E eu me perdi.

|||||| Foi quando el* falou, e eu prestei ainda mais atenção naquele rosto. A boca, o nariz. Os olho, pequenos... Nada de "Cruz". E o som parecia aquilo que Alex descreve como "um pássaro Heaven Metal dando um rasante, direto do paraíso". Era como um soprano. Era infantil. Mas era sexy.

- Oi...

|||||| E o mundo mudou. Mudou no momento em que el* sorriu.

> Continua no próximo
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2 comentários:

  1. um dia de devaneios e fractais.
    e tudo de cores tão fortes se distorcem tão rapidamente...



    hm, interessante =)


    =*

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  2. capitulando, ainda.

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