sábado, janeiro 16, 2010

O primeiro e único imperador de uma nação

Houve um louco. Bem, para todos ele era considerado louco. Mas para si, ele era um rei. Um imperador, mais especificamente falando.

Sua rotina era rígida: O imperador acordava cedo, e inspecionava os funcionários públicos de seu império todas as manhãs, de domingo a domingo. Caminhava pelas ruas e exigia respeito. A maior parte do tempo, conseguia. Quando não, ignorava. Sabia de seu posto e era o que importava. Os loucos que negavam recebiam seu perdão.

Foi o melhor imperador que uma nação pôde querer. Ele exaltava a pátria. Honrava seus cidadãos. Lhes dava ânimo e estímulo para reivindicarem aquilo que lhes faltava. Além de rei, ele era um símbolo.

Em toda a sua vida, os poucos que ousaram lhe questionar eram repreendidos pelos outros que o admiravam. Ele foi, para todos os efeitos, um bom rei.

O primeiro e único imperador daquela nação morreu sem herdeiros. Na sua lápide, lê-se: o Imperador não matou, não roubou e não expulsou ninguém de seu país. Não poderíamos dizer isso da maioria dos indivíduos que exerceram seu cargo.

Uma homenagem ao homem cuja história me fez chorar.