segunda-feira, julho 02, 2007

A Verdadeira História V



||||| | Ela veio, e veio de vez. As nuvens estavam mais laranjas/roxas/verdes/amarelas que nunca. O céu, que devia estar escuro (creio que eram quase onze da noite), estava composto de listras, tipo uma zebra, só que vermelhas e brancas. E começamos a caminhar pela praia, e correr na areia. Ela estava feliz, eu notava. Seu sorriso estava lindo, chamando atenção de todos que passavam. Ou era apenas a minha?

- Quem precisa beber com um céu colorido desse?

||||| | E o mais engraçado é que a frase não era minha, era dela. Caímos na areia, rindo, felizes. Parecíamos bêbados, mesmo, mas apenas na alegria. E a minha alegria estava incomensurável. Era absurda a maneira como explosões aconteciam em todo o meu corpo. Os clarões initerruptos, pareciam agora conseqüências destas explosões. Eu estava Feliz?

||||| | Ela aconchegou a cabeça em meu peito, e eu a envolvi com o braço. Com o outro, alisei seus cabelos, curtinhos, de boneca. Eram castanhos. Descobri o nome.

- Por que você sempre pareceu evitar isso, Dimitri? Por que você fingia medo de mim, quando na realidade o medo era de você mesmo?
- Não é tão simples assim, mas eu vou te explicar. Eu vou te mostrar, aliás, só preciso descobrir como! Você precisa conhecer meu mundo.
- Se você quiser me apresentar, quero me tornar mais do que íntima. Quero que seja o meu também.

||||| | E seria, oh, Deus. Seria. Gostaria que tivesse sido.

||||| | Mas nunca chegou a ser.