sexta-feira, setembro 15, 2006

Da imagem

Mas por que, essa fixação pela imagem? Qual o problema em imaginar? Interpretar, obviamente com os detalhes e descrições adequados?
É um comportamento com registros antiqüíssimos!

Imagem vem da união do latim "Imago", que significa "visualização gerada pelo ser humano", com o marciano "em" que significa "aquilo que é superficial pra caralho", denunciando assim a sua real essência: ganha quem agradar um maior número.

Quem é gordo, quer emagrecer; quem é magro, ficar forte.

-Putz, tu viu fulano?
-Vi não...percebi! Tá muito magro, pô! Não dá pra ver.
-É, era melhor gordinho.
-Mas eu pego mesmo assim!¹
-Safadinha!

-Putz, tu viu fulano?
-Claro! E tem como não ver? O bicho tá grande pra porra.
-É...ele tinha emagrecido.
-Pego do mesmo jeito!¹
-Safadinha!

Não dá pra dizer a exata data em que essa fixação na imagem surgiu, mas sabe-se que no Egito Antigo, já representava muito. Um corpo gordo indicava que o indivíduo era de família rica, e tinha bastante comida. Despertava os interesses das mulheres, como no caso do amor entre Ank-Su-Na-Mum e Joço Ares. Caralho, por que não é assim hoje em dia?

¹Esses comentários são raros entre as mulheres, mas a gazeta também trata de ficção!

quarta-feira, setembro 13, 2006

Em guarda.

Por Dimitri Miroma

"Pois pegue esse seu amor, guarde numa
caixinha, e soque no fundo de seu cu."

~
G.

NÃO É FÁCIL entender o que se passa pela cabeça de alguém apaixonado, disso todo mundo sabe.

Adriana e Priscila se conheceram em Veneza, em 1993. Adriana usava um robe azul, de um material que parecia seda, mas não era. Não que ela não tivesse dinheiro, tinha sim - estava em Veneza só pra curtir; mas ela não gostava de gastar com besteiras. O material do robe era confortável e agradabilíssimo. Ela estava no corredor do hotel.

Priscila voltava da sauna, em seu roupão. Também azul. Uma beleza.Priscila tinha errado de andar. "Santo destino" pensariam elas. De qualquer forma, elas se gostaram.
O problema maior era a incompatibilidade, obstáculo comum a casais. Uma tinha uma mania de se dedicar a prioridades que não condiziam com sua realidade emocional. Outra tinha mania de se realizar emocionalmente com prioridades que não condiziam com a primeira. Era chato pra caralho, e machucava uma e não outra.

Adriana começou a se encaralhar com a dedicação profunda de Priscila aos esportes. Entenda, não era como se ela não se interessasse por sua garota, mas esse caralho a deixava cansada. Ela praticava bastante. E quando chegava em casa, ainda se esforçava pra ser atenciosa com Adriana. Se esforçava pra caralho, mesmo. Mas vamos e venhamos: é humano querer se divertir, e relaxar com coisas que a gente gosta, depois de um dia de treinamento intenso. E é mais humano ainda querer fazer isso com a pessoa que se gosta, sob a premissa "o que importa é estarmos juntas; fazendo o que eu gosto, mas eu tenho o direito pois me canso mais".
Ela compreendia, mas foi enchendo o saco com caralho e tudo. E Pri percebia isso, mas não sabia o que era.

E foi um seique, seique, sei que acabou. E agora Pri tá triste. E Adriana? Gostando de homem.